Sinais de que você tem sido um dono tóxico para o seu cachorro

Muito se fala sobre comportamentos inadequados, indesejáveis e problemáticos por parte dos cães. Passamos uma vida explicando, estudando e discutindo a respeito deles. Muito do que define seu cachorro vem impresso em sua genética, e está relacionado ao ambiente em que ele vive. Muitas questões não são “curáveis”, e sim manejáveis, devido ao limite genético e do espaço. No entanto a terceira parte do que forma o seu cão está mais acessível do que imaginamos – o relacionamento com o dono.

Não me entenda mal, eu sei que você ama o seu cachorro e faria de tudo pelo bem estar dele. Não estamos aqui para condenar nenhum tutor, apenas pontuar o que pode não estar claro no limite da nossa ignorância. Acontece que, sem perceber, você pode estar sendo um dono tóxico para o seu melhor amigo.

Muitas questões comportamentais que hoje observamos nos cães domésticos foram aprendidas em sua convivência conosco, como a ansiedade e o hiper-apego. Não é comum vermos animais ansiosos na natureza, ou uivando descontroladamente quando o bando de afasta ou a mãe vai buscar comida. Com o passar do tempo, cães foram ficando cada vez mais dependentes de nós; não apenas para sua sobrevivência, mas também como referência emocional. É baseado no nosso comportamento e nossas decisões que nossos cães aprendem a ver o nosso mundo – que, por sinal, não tem nada de natural para eles, não importa se estamos falando de um pastor australiano ou de um maltês.

Nossos cães dependem da nossa liderança, educação e intercessão para interagirem com o meio, mas por vezes nós humanos não sabemos como reagir e o que sentir no nosso próprio dia-a-dia, e podemos passar a visão errada para nossos animais. Um exemplo é a famosa chegada em casa. Para um cão, ir e vir é normal e comum, até que seu dono expresse uma euforia descontrolada toda vez que o vê parado a porta, e então a chegada dos tutores se torna um grande evento de agitação e descontrole que foram aprendidos baseado na nossa conduta diante destes animais.

Você se torna tóxico para o seu cão quando projeta nele emoções humanas frustradas, ansiosas, e não naturais para ele. É comum vermos pessoas adquirindo um cachorro para se sentirem menos sozinhas, por exemplo. Mas veja: será que é saudável ter um animal apenas para despejar sua carência diária? Só para viciar o bicho em contato físico, em agitação, em ansiedade? Quais os impactos nele?

Você é tóxico para o seu cão quando não atende as necessidades dele. É nosso dever como responsáveis por um animal garantir a sobrevivência e bem estar do mesmo. A questão aqui é que a maioria das pessoas sequer sabe o que é um cachorro quando adquire um. E não estou falando sobre saber identificar um cão, estou falando de saber de onde ele vem, como vive, como aprende e do que precisa para viver.

Se você adquirisse hoje um furão, por exemplo, pesquisaria tudo sobre ele. Afinal, o quê come um furão? Onde ele vive? É um animal solitário, nômade, social? Ele pode comer chocolate, jabuticaba, mandioca? Ele precisa de roupa? O quê e como um furão aprende?

Viu, existem muitas questões sobre um animal desconhecido. Agora quero que você faça as mesmas perguntas sobre um cachorro. Você sabe o suficiente sobre eles para ter um dentro da sua casa? Ou você pesquisou cinco minutos e viu que um yorkshire não precisa de caminhadas então vai pegar um pobre coitado de cobaia para decorar seu apartamento? Para ser o filho que você não teve? Para abraçar a noite e postar selfie na internet?

Poderia ditar mil exemplos aqui, mas quero que você faça o exercício hoje de trocar o seu cachorro, mentalmente, por um lobo, um coiote ou uma raposa. Se um desses animais tivesse o estilo de vida que o seu cão possui hoje, você estaria satisfeito como tutor? Você deixaria um lobo pular em você ao chegar em casa e lamber todo o seu rosto? Bom, seu border collie pode causar estrago assim como um lobo. E eu já vi muito cão pequeno arrancar uns pedacinhos de lábio e orelha, viu? Não se engane.

Você é tóxico para o seu melhor amigo quando apenas condena os comportamentos dele e não procura entender de onde eles vem. Quando você não quer mudar o seu jeito de ser e agir, mesmo sabendo o impacto negativo no bem estar deste animal que só depende de você. Você é tóxico quando negligencia a saúde mental e emocional do seu cachorro para satisfazer suas dores, carências e necessidades.

Seu cão não é seu lixo emocional, não é decoração, não é de pelúcia e não foi feito para agradar você. Seja um dono responsável, entenda mais sobre o animal que vive com você.

Caixa de Transporte – A toca moderna

Vamos desmistificar o uso da caixa de transporte?⁣

• Cães são animais de toca. De yorkshires a dog alemães, esta é uma característica impressa em seu DNA. A caixa representa nada mais nada menos que a toca, o refúgio, o quartinho do seu cão.⁣

• Se a caixa é uma toca, ela vai ter a função da mesma: segurança. Dentro da caixa, o cão vê menor a necessidade de se proteger, estar alerta ou temer gatilhos externos, pois está seguro em seu esconderijo.⁣

• A caixa, sendo móvel e fechável, possibilita um melhor manejo do espaço. Nada de cachorro correndo atrás da vassoura na hora da faxina, ou pegando comida da mesa na hora do jantar.⁣

• Alguns cães precisam de limites mais claros para não reproduzir certos comportamentos, e a caixa nos dá a possibilidade de deixar mais nítido estas limitações sem necessidade de brigar e punir seu cão o tempo todo. Use a caixa para receber suas visitas sem interrupções, ou parar aquela brincadeira que já cansou a família toda, sem terminar em uma correção injusta e projeção da sua própria frustração no seu amigo.⁣

• A caixa nos trás inúmeras possibilidades de trabalhar os mais variados perfis de cães. De agressivos a medrosos, usamos da sua genética para garantir conforto, mas também restrições de forma justa, confortável e humanizada. Um cão que fica bem na caixa, é um cão mais tranquilo, que dorme melhor, que fica bem sozinho, que gera mais liberdade para a família dentro e fora de casa, sem a preocupação do cão estar se colocando em risco ou destruindo sua própria casa.⁣

• Consulte um profissional para te guiar na aquisição da caixa ideal para o seu cão e como introduzi-la na sua rotina •

Qual a idade certa para começar?

Aprendemos a partir do momento que nascemos. Isso é um fato.
Tudo na vida do seu cão é treinamento. Não se trata apenas de sentar, dar a patinha e rolar. Por exemplo, o treino sanitário é um dos primeiros que o cão pratica quando chega. Também temos o treinamento para acostumar a ficar sozinho desde cedo, sem falar no manejo do corpinho, ensinar a não morder ou pular e não chorar a noite… São todos treinos mega importantes e fazem tanta diferença lá na frente!

Existem hoje até mesmo “treinos” aos recém nascidos, uma série de “exercícios” de manejo que ajudam a estimular o cérebro e corpo do filhote desde muito pequenininho que impactam nos sentidos e sensibilização na vida adulta.

Apenas na pré adolescência começamos de fato os treinos com ferramentas e exposições, mas veja quanto é feito antes de um cão sequer sair do cercado. E tudo isso é adestramento.


Conforme seu filhote se aproxima da maior idade, vamos traçando sua personalidade, trabalhando protocolos do dia a dia, e suprindo as necessidades particulares daquele cachorro, mas até lá ainda tem muito trabalho a fazer!

Liberdade VS Sofrimento

Já refletiu o por quê você procurou ajuda? Qual seu objetivo?

Nós costumamos achar que um cão adestrado é um cão livre – sempre. Se você teve sucesso, então hoje seu cão não precisa de tantas restrições e vai com você para todo lugar que lhe convenha. Bom, pode acontecer, mas não sempre, e nem é meu objetivo quando dou início a este processo com a família.
Para mim, antes de qualquer coisa, eu desejo que o cão pare de sofrer pelos gatilhos que lhe atingem. Sofrer é ser ansioso demais, latir, reagir, fugir. Tudo isso que gera estresse em situações do dia que deveriam ser mais tranquilas.
Para a tia Bia aqui, tudo bem se o seu cão reativo nunca puder frequentar creches, parques ou ter aumigos. Oque importa é que durante o passeio, este cão vai ignorar os outros animais e ter uma caminhada prazerosa. Que farão pausas em uma barraquinha de sorvete e ele não vai ficar desconfortável com a presença das outras pessoas. Eu também quero que o cão fujão fique a vontade o suficiente para relaxar fora da casa dele sem necessidade de fuga. Isso para mim é o mais importante.
Para você, o que é realmente importante na linha de chegada? Seu comodismo, sua alegria ou o bem estar do seu cachorro?

Mãe de pet? Dono? Tutor? Afinal, qual o certo?


Eu vou deixar aqui minha opinião sobre o assunto, como uma pessoa que possui um cão e como profissional.


Vejo pessoas dizendo que o termo DONO é errado pois animais não são propriedade. Eu discordo. O termo DONO, pra mim, sempre significou responsabilidade. Sou dona do meu cachorro pois sou responsável por ele e não por algum valor que possa ter investido na sua aquisição.


Já o termo TUTOR, acho um meio termo saudável. Já vi pessoas na internet até defendendo que tutor é algo designado a crianças e é um desrespeito comparar a cães. Tutor, para mim, significa ter responsabilidade em um nível mais intimista, representa como os cães vem se tornando cada vez mais parte da nossa família. Sou tutora do meu cão pois cabe a mim interceder por ele, educa-lo e assumir seus atos de forma responsável.


Sobre o termo MÃE de PET: Já adianto que eu não tenho nada contra o termo, DESDE QUE, você entenda o motivo de tantos adestradores abominarem este termo. Explico:
Nossa maior luta quanto adestradores hoje, é conscientizar as pessoas sobre as responsabilidades de se ter um cachorro.

A humanização é, hoje, o maior problema enfrentado por nós e maior causa de problemas de comportamento entre cães. As pessoas tratam os cães como filhos – humanos. E nós adestradores sabemos bem o impacto negativo desta visão sobre os cães.
No entanto, existe uma segunda interpretação sobre maternidade, da qual eu compartilho: zelo e, novamente, responsabilidade. Se você entende a maternidade ou paternidade como a figura líder de uma família, que zela, educa, diz não, entende limitações, incentiva e repreende, então estamos falando sobre ser mãe de pet.
Sou mãe do meu pet pois ele é da minha família, eu o educo, intercedo por ele e zelo por ele todos os dias.
Seja qual termo você dê para esta tarefa, só certifique-se de fazê-la direito.

O problema dos rótulos

Quantas experiências seu cachorro já perdeu por erros do passado?⁣ Quantas vezes você deixou de dar ao seu cão uma experiência fora da caixinha, por conta de um comportamento dele?⁣ Quantas vezes você já definiu seu cão como o problema dele?⁣ Qual a última vez que você percebeu o seu cão para além da questão que você trabalha?⁣


Cães são animais complexos, apesar de mais simples que nós. Eles tem personalidade, que é única de cada indivíduo. Eles tem passa tempos favoritos, brinquedos, momentos do dia, e até superfícies favoritas. Claro que é responsabilidade do tutor lidar com o comportamento indesejado do seu cão, especialmente quando este envolve risco externo. Mas, durante o processo de adestramento, eu vejo muitas famílias tentando reprimir ao invés de suprir estas necessidades e preferências.⁣
Faz parte da modelagem comportamental você oferecer um escape, um momento, lugar ou circunstância onde seu cachorro tem a chance de colocar para fora aquilo que ele é, aquilo que ele gosta de fazer.⁣


Já pensou em fazer uma trilha com seu cão que não tira o focinho do chão? Já pensou em oferecer obstáculos pro seu cão alpinista? Ou um pneu pendurado pra aquele tubarão canino? Uma esteira pro dog que ama correr? Uma bicicleta pro seu cão tracionar ou uma piscina para ele nadar?⁣
Suprir as necessidades do seu cachorro, de forma direcionada e equilibrada, só tem a agregar neste processo tão difícil do adestramento, e tende a melhorar o vínculo com seu cachorro. E se você já chegou neste ponto, já sabe que vínculo, confiança e parceria no mundo dos cães é tudo!

Estruturando o passeio perfeito

Para ter o passeio ideal, fique atento a estes 4 pontos:⁣

1 – Saiba quais ferramentas usar. Cada ferramenta te auxilia em contextos diferentes, com cães diferentes. O que nos leva ao próximo item:⁣

2 – Conheça o cachorro. Identificar os níveis de energia, o estado de saúde, a atividade favorita e o temperamento do cachorro, vai te ajudar a estruturar o passeio perfeito para seu cão. Seria uma caminhada leve? Um rolê de bike? Uma caminhada em matilha? Uma marcha lenta? Depende do cachorro, da ocasião e de você.⁣

3 – Invista no pré passeio. A forma como seu cão sai de casa é como ele estará na rua. Invista em espera e exercícios de calma antes mesmo de colocar o pé pra fora, e veja o impacto que terá no seu passeio!⁣

4 – Tenha um objetivo. Cada cão é um caso, e cada passeio também. Na rua é possível trabalhar muita coisa. Defina se este momento será de lazer, de treino, de rotina, e então saberá a melhor forma de se preparar, o melhor equipamento, o que vai nutrir dentro das necessidades do seu cachorro e quais resultados você busca na volta pra casa.⁣

Acredite no processo e bom passeio!

Como fazer o manejo de espaço do seu cão

Todo dia que passa me pergunto como as pessoas deixam seus cães vagarem o tempo todo pela casa e observo o quanto isso traz mais males do que bem estar aos pequenos. Cães latindo no portão sem parar, cães correndo pela casa machucando pessoas e quebrando coisas, cães pulando e mordendo visitas….
Esta tudo bem se o seu cachorro tem um destes problemas, pois todos tem solução. E a primeira delas, e a mais importante, é controlar onde seu cão está e o que ele está fazendo. Se seu cão pula nas visitas, place! Late pro portão? Caixa! Não sabe ficar longe de você? Quarto! Cercado!
A melhor coisa que você pode oferecer ao seu cachorro é um lugar calmo ( e SEGURO!) para estar, principalmente quando estiver sozinho, além de orientar onde ele deve estar quando a atividade rolando no momento não envolver a presença canina.

Respeite a sua história e a do seu cachorro

Este papo é com você dono de dog problemático. Você aí que tem um cachorro difícil (seja por que motivo for): cansa, né?

Nós, que temos cães de alta demanda, por vezes mudamos toda a nossa vida, rotina e hábitos tentando trazer bem estar pra nossa vida e do nosso amigo de quatro patas.

Eu tenho um dog reativo de 6 anos. Não consigo contar quantas vezes eu não só pensei em desistir, como desisti de fato. Foram muitas as vezes em que eu não me achei capaz e confesso que ainda hoje tenho barreiras. É que as vezes é difícil demais. Mas eu também sei que já foi mais difícil.


Eu sei que hoje é difícil lembrar. Que a gente se acostuma com nossas evoluções a ponto de nos esquecermos de quando aquilo não parecia possível. Eu sou campeã disso. Eu sou a pessoa que mais me cobro e cobro também do meu cachorro. Hoje estou dando um novo passo, de ter outros cães em casa, com um cão não propriamente socializado. Mas a Bia de 4 anos atrás jamais teria capacidade desta proeza. O Balan de 4 anos atrás jamais conseguiria. A gente esquece, andando com a guia na cintura, que um dia já tivemos queimadura de corda na mão porque o cachorro puxava. E a gente se compara. Muito. Mas o único modelo de comparação para nós deveria ser nossa versão do dia anterior.

Estes dias eu entrei em crise e meu parceiro me disse “seu trabalho é reflexo do seu cachorro”, e eu respondi “então estou perdida*. E fui corrigida com a resposta: “claro que é. Vc não seria quem é hj sem o Balan. Vc não teria a coragem, a paciência, o conhecimento e a persistência sem ele. É difícil, sim, mas vc tem o privilégio de ter um professor incrível como ele”.


Eu devo tudo a este cachorro, de fato. Mesmo quando esqueço. Mesmo quando sinto que não vai dar. Mesmo quando eu falho. Hoje meu pedido é: respeite sua história, assim como a do seu cão. Vocês caminharam muito pra estar aqui, e merecem todo reconhecimento por isso. Acreditemos no processo. É difícil. É muito difícil. Mas hoje a gente tá aqui. O que nos aguarda amanhã só virá quando respeitarmos quem somos e quem já fomos.

Exercício (nem sempre) é a solução

Aposto que você entrou neste link pensando: “finalmente! Um adestrador que vai me ensinar a trabalhar meu cachorro sem precisar caminhar!” ou então “como assim exercício não soluciona problema de comportamento? Esta adestradora está louca?”. Calma, não é nem uma ou outra opção. Vamos lá.

Tips for the Perfect Loose-Lead Walk | The Dog People by Rover.com

Eu lido com bastante cães que não recebem a quantidade de exercício físico que precisava, sim, é verdade. E com toda certeza sabemos que a caminhada é essencial para a vida dos cães – tanto para seu corpo quanto para sua mente. Cães são animais ou nômades ou com um grande território de domínio, e sua saúde está ligada a caminhar e patrulhar este território. Isto é um fato que não há como contestar: mesmo que seu cãozinho seja um luluzinho, ele precisa caminhar.

No entanto, caminhada não faz mágica. O fato do seu dog andar não faz com que ele entenda porquê não pode arrastar o lixo ou morder pessoas. Como diz Cesar Millan, os cães precisam de 3 coisas essencialmente: exercício, disciplina e afeto, NESTA ORDEM. Infelizmente, as pessoas tendem a polarizar: ou enchem seus cães de afeto ou de exercício, esperando que um dos dois bastem. Logo, falta disciplina.

Conversei com um tutor de uma Border Collie filhote que me relatou o seguinte: sua cachorrinha era ótima durante o dia, fazia 2 passeios diariamente, e brincavam com ela o tempo todo! Mas durante a noite, ela mordiscava os donos e se negava a parar de brincar. Ele não entendia como ela podia ter tanta energia se estava o tempo todo em movimento – mas este é o problema!

Existem alguns cães, e até algumas raças de cães, com uma disposição gigantesca. E existe o que chamamos de energia física e energia mental. E nem sempre caminhar gasta estas duas coisas. Um border collie foi criado para caminhar e correr muito, mas não fazer isso sem rumo – eles precisam usar muito a mente para pastorear e cumprir sua função. E como já falamos aqui, mesmo após trazer certas raças para nosso convívio doméstico/urbano, está no DNA destes animais o que nasceram para fazer, e para conviver bem com eles precisamos suprir suas necessidades – físicas e mentais.

Não vale a pena manter o cão em movimento constante. Desta forma você apenas está ensinando que, sempre que os donos estiverem presentes, ou vai rolar um passeio, ou brincadeira, ou afeto, sempre algo que mantenha o dog ativo, ligado nos 220V. Para ter uma vida equilibrada é necessário trabalhar a disciplina deste cachorro e também ensiná-lo a parar!

5 Reasons to Take a Nap Right Now | Saatva

Para alguns cães, o simples fato de estar parado já é um desafio físico e mental gigante. Já vi diversos cães que não tem a habilidade de relaxar na presença dos donos, e só adormecem quando o corpo não aguenta mais e apaga. Além de não ser viável para nós um cão assim, também não é saudável pro bichinho. Todo mundo precisa relaxar uma hora ou outra; e quando falamos de cães que vivem conosco, quando nós ficamos em casa a maior parte do dia, ou no trabalho, a necessidade de saber sentar e esperar é crucial para um bom convívio.

Então, dito tudo isso, quis trazer a reflexão: você está exercitando seu cão ou formando um atleta olímpico?

Vá por mim, nós não disputamos energia e força com os cães. Eles sempre vão ganhar. Talvez na busca de resolução de problemas você esteja apenas tentando levar seu amigo a exaustão para que sua questão fique menor, quando o que falta é ele aprender a desligar e conviver na sua rotina sem necessariamente estar fazendo alguma coisa, e saber a hora de cada atividade sem contestar sua autoridade. Teste em casa: exercício, disciplina e afeto. Nesta ordem. 😉